Há alguns anos fui ao cinema assistir ao filme
“Demolidor” com Ben Affleck e Jennifer Garner. Confesso que nunca fui fã do
Demolidor, mas da Elektra sou grande admirador – as duas melhores “graphic
novel” que já li são as espetaculares “Ronin” e “Elektra - assassina” ambas roteirizadas
pelo Frank Miller e a segunda ilustrada pelo assombroso “Bill Sienciewicz”.
Curioso para ver o que iam fazer com a Elektra na tela assisti ao filme e, ao
final da projeção fui brindado por uma música lindíssima que terminava o filme marcada por um vocal
feminino de uma beleza arrebatadora. Que grupo seria aquele?
Dias mais tarde descobri que se tratava do quinteto
americano Evanescence liderado pela Princesa Gothic-New Age Amy Lee. A música a
trilha do “Demolidor” era “Bring me to life”. Comprei o disco e não teve mais
volta. Me apaixonei perdidamente pelo Evanescence. Uma das mais perfeitas
músicas Pop Metal que já ouvi foi a perfeita “Going Under”. Em êxtase completo
assisti ao show deles em Porto Alegre em 17 de abril de 2007, confesso que
poucas vezes delirei tanto em um show.
OK, vamos lá, sou fã declarado do Evanescence e agora, quando vi a performance deles (ou melhor, dela, e banda) no Rock In Rio fiquei impressionado com as novas músicas marcadas por uma maturidade inquestionável. Trata-se do terceiro álbum do Evanescence lançado por uma gravadora "major" e o estilo da banda está mais definido.
Encomendei o disco e demorou para chegar, não sei se já
foi lançado no Brasil. Recebi o cd (claro, comprei a edição de luxo com DVD) e
estou cada vez mais impressionado com a qualidade do som.
Amy Lee está cada vez melhor (e mais linda – é só ver as
fotos abaixo). O disco é fortíssimo . As guitarras apresentam alto peso e
definição (quero comprar uma distorção dessas – o que será que eles usam?). As
bases são absurdamente bem executadas e o vocal da srta. Lee está lindo,
profundo, pesado, altíssimo e impecável e descreve melodias complexas com
refrãos inesperados.
Os pianos estão cada vez mais apaixonados e cortam o
peso como os cacos de um espelho que se parte. Belíssimos e colorindo as
composições com brutais contrastes dinâmicos juntam-se ao metal em raro bom
gosto. Aliás, bom gosto é a palavra que melhor define este trabalho do
Evanescence. Em nenhum momento o disco cai do nível do perfeito.
A paulada bate forte em “Never Go back” pegada metal de
primeira. O grande instrumental acompanha a voz da Princesa que suspira e chora
em uma das mais pesadas músicas do disco.
Trabalhando em uma fusão do melhor do heavy metal e new
age a banda atinge tópicos apoteóticos. É o disco em que a banda soa mais como
si mesma, com poucas influências. O disco aponta para o som que o Evanescence
tendo a construir nos próximos anos – e é muito bom! Outra característica da
Amy Lee como compositora é a influência marcante da New Age o que várias vezes lembra o lindo
trabalho de Tori Amos.
Destaco (se possível, pois, o disco é muito homogêneo): “What You Want”, “Made of Stone”, a lindíssima “My Heart is Broken”, “The Other Side”, “Sick”, “End of a Dream” (chega...vou citar o disco todo)
A única coisa que acho que pode ter mais são solos de
guitarra. As bases são maravilhosas, mas, bons solos e mais instrumentais só
iriam elevar o Evanescence ao nível de obras como o nervoso “Slave to the Grind
“ do Skid Row ou “Empire” do Queensrÿche.
Magnífico exemplar que já entrou para minha história
pessoal (tanto quanto o cd ”Fallen”) já indico o terceiro “Evanescene” para um
dos 5 grandes discos do ano – provavelmente o vencedor. Amy Lee está cada vez
melhor. Estou cruzando os dedos para ver o show ao vivo deles em breve. Se na
outra vez precisei de “soro” para ressuscitar, desta vez vou ficar vários dias
sem saber em que planeta estou....nota 10,00 (existe uma nota maior???)
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