sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O EXORCISTA - Obra fundamental na cinematografia de Terror mantém força e vigor desde seu lançamento.

O EXORCISTA (breve comentário): Ontem, mais ou menos depois de uns 20 anos fui rever esta obra que é referência histórica no gênero terror. Minha opinião mudou em alguns aspectos e em outros se intensificou. A história da menina possuída por um demônio continua com força e vigor impressonantes e as cenas de terror são de uma brutalidade chocante! Discorro sobre esta obra aqui neste momento de forma muito breve pois a abordagem de um filme como o Exorcista deve ser feita de forma bem mais elaborada e é minha intenção falar sobre grande filmes de terror em profundidade mais adiante  - por isto devo elaborar, mais tarde, um texto mais longo (abordando as inúmeras interpretações a que a obra se presta - desde quem é o demônio que possui Regan até as "chagas" da fé do Padre Karras). E limitante porque não abordaria nem o mínimo de interpretações da obra. 

Ainda não consigo definir quem é o protagonista da História pois fico dividido entre Karras (Jason Miller), Regan (Linda Blair) e Merrin (Max Von Sidow) - pois todos tem envolvimento, provações e questionamentos internos com o fato central - a possessão. ATENÇÃO SPOILERS - VOU CITAR PORQUE O FILME É PRATICAMENTE CONHECIDO DE TODOS! Carregado de mensagens subliminares (como nas cenas em que a entidade possuidora surge rapidíssimamente na tela - uma das vezes sobreposta ao rosto de Regan) e com ícones de profanação explicita (auto-violação com o crucifixo, manipulação bizarra de uma santa na igreja) o filme ainda hoje choca, não pelas imagens, mas pelo conceito que elas trazem, no total desrespeito à fé (tendo ou não fé qualquer pessoa tem uma noção mínima de respeito e as imagens acima agridem os padrões normais de qualquer um)!
Espetacularmente dirigido e magnificamente interpretado é, sim, uma grande obra do Terror - apelativa em vários momentos, mas, nunca extrapolando os limites do instrumental necessário para contar a história (confesso que a nova versão traz inovações que não curiti - os olhinhos e dentes de Regan hipnotizada, inserção da entidade ao lado da mãe de Reagan após um blackout, e a famosa cena em que Regan desce a escada invertida - cena totalmente desnecessária e sem contexto profano que a justifique - apenas chocar por chocar). 
A única coisa que realmente fica a desejar é a proporcionalidade do desenvolvimento da história - aproximadamente 70% do filme são diálogos - o que não prejudica, pois, são necessários para o andamento do filme, mas, o exorcismo propriamente dito inicia em 1h e 45 e vai até 2h de filme - ou seja as cenas finais são desproporcionais em termos de tempo ao excesso de diálogos na obra - se coubesse a min a montagem final com certeza eu cortaria quase todas as cenas com o policial (Lee J. Cobb) que considero desnecessárias à trama e truncam a narrativa. Memo assim uma grande obra do terror e importantíssima como obra cinematográfica, mas prepare seu estômago - certos tipos de cremes talvez você não vá consumir por muito tempo. Nota 9.0!




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