Outro
filme que esta semana me perturbou muito foi o impecável "Shame".
Impressionante relato de uma personalidade perturbada e obcecada pelo sexo o
filme é "seco", "asséptico" e isento de julgamentos.
Dirigido pelo inglês Steve McQueen (que
nada tem a ver com o ator) o filme capricha na interpretação dos atores. São de
parar o coração as interpretações do genial Michael Fassbender e da perfeita
Carey Mulligan. Há cenas impecáveis pelo ritmo nas quais o espectador não consegue
tirar os olhos da tela.
Destaco a primeira sedução no trem (o jogo de olhares é
magistral), o jantar do personagem de Fassbender com a colega e a impecável
cena dele com Mulligan em um sofá fotografada pelas costas dos personagens.
Impressionante! Os dois deveriam ter sido indicados para o Oscar e, merecidamente, ganho!
Respostas é o que o filme não oferece. O público fica sem
saber a motivação do personagem, e, por isso falei acima "relato" e, não, "estudo" -
nada que se passa pela cabeça dos personagens é revelado e, este enigma é o que
torna o filme tão perturbador.
A crítica reclamou do excesso de nus frontais de
Fassbender, mas, as mulheres devem gostar. Por outro lado, pelo menos para nós, homens, há um relance de nu forntal da Carey Mulligan, ainda que em frente ao
espelho.
Entretanto, mesmo desnudando o corpo dos personagens o que se passa pelas
suas cabeças permanece oculto. E isso perturba muito mais que a genitália exposta dos atores. Um filmaço! nota 9,0!
Nenhum comentário:
Postar um comentário